Geografia
De forma oval, a Graciosa tem 61,66 Km² de superfície, com 12,5 Km de comprimento e 8,5 Km de largura máxima. Pouco montanhosa, plana e baixa na área norte e nordeste, eleva-se lentamente até à altitude de 398 m no Pico Timão, localizado no centro. Está situada a 28º 05′ de longitude oeste e a 39º 05′ de latitude norte.
História
É incerta a data do seu descobrimento embora seja provável que tenha ocorrido por iniciativa de mareantes vindos da vizinha da ilha Terceira. De seguro sabe-se que recebeu gado por ordem do infante D.Henrique e que, em meados do século XV, já tinha povoadores, tendo sido Vasco Gil Sodré, natural de Montemor-o-Velho, acompanhado pela família e criados, o pioneiro e desbravador da ilha. Ergueu a sua casa no Carapacho, local onde aportou.
Apesar de diligências de Vasco Gil Sodré para que lhe fosse feita a doação da ilha e de ter construído uma alfândega, a capitania da parte norte da ilha veio a ser entregue a Pedro Correia da Cunha, concunhado de Cristóvão Colombo, e a da parte sul a Duarte de Barreto. O aumento da população, vinda segundo alguns historiadores, das Beiras e do Minho e também da Flandres, e a prosperidade da ilha levam a que Santa Cruz receba foral de vila em 1486 e que igual mercê seja dada à Praia, em 1546.
Os nomes das grandes famílias que contribuíram para o povoamento e crescimento da ilha ainda hoje estão presentes entre os habitantes da ilha. Dedicando-se desde o início à agricultura e ao plantio da vinha, a Graciosa exporta já no século XVI trigo, cevada, vinho e aguardente. Com uma economia predominantemente agrícola, realizando todo o seu comércio com a Terceira, que dispunha de porto frequentado por navios de grande porte e era o centro econômico e administrativo, a Graciosa sofre ataques e pilhagens por corsários nos séculos XVI e XVII.