CORVO

Geografia
Ilha de forma oval, com a área de 17,13 Km², tendo de comprimento de 6,5 km e de largura 4 km, é a menor do Arquipélago dos Açores. Constituída pelo afloramento de um cone vulcânico tem a altitude máxima de 718 metros. Está situada a 31º 05′ de longitude oeste e 39º 40′ de latitude norte.

História
É ponto controverso a data do descobrimento das ilhas das Flores e do Corvo sabendo-se ter sido posterior às das restantes sete ilhas dos Açores. Afirma-se, porém, que em 1452 era reconhecida por Diogo de Teive e seu filho. Inicialmente denominada ilha de São Tomás ou de Santa Iria, em breve o seu nome é mudado para Flores, devido à abundância de flores amarelas (cubres) que revestiam toda a ilha, cujas sementes foram possivelmente trazidas da península da Florida, América do Norte, na plumagem de aves migradoras.

O seu povoamento inicial é atribuído ao flamengo Wilhelm van der Haegen (Guilherme da Silveira) que, depois de alguns anos, a abandona, indo fixar-se na ilha de São Jorge, decisão que se deveu ao afastamento da ilha e inexistência de ligações regulares por barco que permitissem a exportação da planta tintureira chamada “pastel” para a Flandres. Seguem-se, já no séc. XVI, agricultores de várias regiões do Continente que começaram a arrotear os seus ca mpos produzindo trigo, cevada, milho, legumes e a explorar a urzela, líquen utilizado na tinturaria, e o “pastel”. Nesse período recebem o foral de vila as povoações de Lages e Santa Cruz.

Afastada das restantes ilhas do arquipélago, com poucos produtos para exportar, a ilha das Flores vive séculos de quase isolamento, interrompido pelas raras visitas das autoridades régias, de barcos de comércio do Faial e Terceira que vinham buscar azeite de cachalote, mel, madeira de cedro, manteiga, limões e laranjas, carnes fumadas e, algumas vezes, louça das suas cerâmicas e, em troca, deixavam panos de lã e linho e outros artigos e de navios que ali faziam aguada e compravam víveres.

Este isolamento não evita que em 1587, seja atacada por uma esquadra inglesa que saqueia a ilha e que outros navios corsários e piratas um dos quais, conta a tradição se refugiou na gruta dos Enxaréus, a ataquem e pilhem. Os navios baleeiros americanos, que frequentam os Açores desde meados de séc. XVIII até finais do século XIX, caçam o cachalote nas suas águas e recrutam, entre a população, marinheiros e arpoadores. Muitos deles tornam-se capitães de veleiros merecendo destaque o “Wanderer” que, tendo navegado até 1924, foi considerado o mais belo baleeiro americano.

O desenvolvimento da agricultura e da pecuária, a beneficiação das instalações portuárias, um aeroporto e a presença de uma estação francesa de telemedida são acontecimentos recentes, que abriram novos horizontes ao progresso da ilha.